A palavra “Educação” deveria ser
verbo e não substantivo. Devendo estar sempre no gerúndio. Poderia ser
acompanhada por artigo indefinido e partitivo (não quantificável), como
existente em outras línguas. Se assim fosse, entenderíamos sua presença
constante e progressiva em nossa vida. Compreenderíamos que trata-se de algo
imensurável em sua quantidade e valor.
O verbo educar ao ser
representado na fala ou na escrita deveria tomar sempre o formato plural e,
quando no infinitivo, impessoal. Dessa forma, expressaria sua essência coletiva
e interacionista. Educar é definitivamente um ato que só ocorre entre “eu” e o
“outro”, ou entre os “outros”: nunca comigo mesmo... sempre plural, já apontava
Paulo Freire!
Levando ao extremo,
na gramática, “mim” como sujeito deveria ter uso proibido na
mesma frase que contenha a palavra educação. Esse “mim” não funciona como sujeito da ação... e a ação é inerente a educação. Da mesma forma, não poderia ser usada juntamente com conjunção coordenada adversativa “mas”. Deveria ser usada apenas com advérbio de intensidade “mais”. Assim ele nunca nos remeteria a adversidade, mas a seu aspecto intensivo e somatório. Compreenderíamos que a educação apenas acrescenta.
mesma frase que contenha a palavra educação. Esse “mim” não funciona como sujeito da ação... e a ação é inerente a educação. Da mesma forma, não poderia ser usada juntamente com conjunção coordenada adversativa “mas”. Deveria ser usada apenas com advérbio de intensidade “mais”. Assim ele nunca nos remeteria a adversidade, mas a seu aspecto intensivo e somatório. Compreenderíamos que a educação apenas acrescenta.
Sabe-se que a palavra
educação é feminino. Talvez para fazer alusão à sua capacidade
reprodutora. É a única riqueza que quanto mais usamos, mais adquirimos.
Educação deveria ser
conjunção. Assim, entenderíamos que ela cria vínculos e pro move união. A
educação deveria nos tornar mais iguais:
humanos! Não deveria ser entendida como medalha que colocada no peito nos torna
melhores do que os outros.
Educação e suas
variantes deveriam permitir apenas contração e não junção com
prefixos. Dessa forma denunciaria sua capacidade de troca recíproca. É
ensinando que se aprende... A educação é marcada pela interação social, o que
vai além do mero contato físico. Trata-se de um processo de troca de
significados que inicia quando nascemos e termina apenas com o fim do contato
com a sociedade, normalmente quando morremos. Por isso, reitero, educação
deveria ser gerúndio...
Será que precisaremos
alterar a gramática para entendermos as virtudes da educação?
Cristiano Bodart
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