O LOUVOR É TRANSCEDENTE

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

O PECADO

Após trazer à lembrança dos cristãos a mensagem original que eles ouviram, João prossegue na escrita da carta apresentando um novo motivo "...estas coisas vos escrevo para que não pequeis..." I Jo 2. 1. Compare com: "Estas coisas vos escrevemos, para que a vossa alegria seja completa" I Jo 1: 4.



S. E. McNair, em A Bíblia Explicada, escreveu o seguinte: "'Se dissermos que estamos sem pecado, enganamo-nos' (v. 8). O crente no seu primeiro amor, pode pensar que não mais existe nele essa tendência para insubmissão à vontade divina que se chama 'pecado', mas o apóstolo explica que tal pensamento é engano: a tendência ainda existe, mas os pecados (os frutos dessa má árvore, o pecado) podem ser purificados, perdoados, e também evitados" (grifo nosso) S. E. McNair, A Bíblia Explicada, 4º Ed. RJ, CPAD, 1983, Pág. 488.

É pertinente a observação de McNair sobre o versículo oito? Se analisarmos o versículo da mesma maneira que McNair, chegaremos a mesma conclusão de que o crente permanece no pecado.

João efetivamente escreveu que o crente permanece no pecado? O versículo demonstra efetivamente que a tendência para o pecado ainda existe no crente?

Observe que McNair deixou de observar que, ao escrever o verso 8, o apóstolo João estava fazendo referência à mensagem que ele ouviu de Cristo "Esta é a mensagem que dele ouvimos, e vos anunciamos..." (v. 5). Deixou de considerar que o verso 8 é parte essencial da mensagem que João retransmitiu aos cristãos quando ainda eram descrentes.

Deixou de observar a proposição inicial da mensagem: "Deus é luz, e nele não há trevas nenhuma" (v. 5). Se em Deus não há trevas nenhuma, como conciliar a idéia de que o cristão, ainda maculado pelo pecado, obteve comunhão com Deus? Que comunhão pode ter a luz com as trevas?

Deixou de considerar que aquele que é nascido de Deus não peca, ou melhor, não peca porque a semente de Deus permanece nele Jo 3: 9. Como alguém nascido de Deus pode ter tendência para o pecado? Como alguém nascido de Deus (gerado de novo), da semente incorruptível, pode permanecer sendo uma má árvore?

Deixou de considerar que a má árvore é cortada e lançada no fogo. Deixou de considerar que o problema esta na árvore, e não nos frutos. É a árvore (homem) que produz os frutos segundo a sua espécie (bom ou mau). É possível recuperar os frutos da má árvore?

Jesus mesmo disse que é impossível a árvore boa produzir frutos maus, nem a árvore má produzir frutos bons Mt 7: 18- 19. Percebe-se que, além de arrancar o verso 8 do contexto, ele não foi feliz ao tentar aplicar a parábola das duas árvores ao tema em questão.

McNair deixou de considerar que a natureza da árvore (boa ou má) é determinada através da semente que lhe deu origem. Se a árvore é nascida da semente corruptível de Adão, a sua natureza é má e todos os seus frutos são segundo a sua espécime. Ou seja, a natureza da árvore é determinada no nascimento, e não pelos seus frutos. O fruto somente permite conhecer o tipo de árvore que nos deparamos.

Perceba que os nascidos da semente incorruptível, que é a palavra de Deus, produzem frutos segundo a sua espécie. Somente o novo nascimento é capaz de produzir bons frutos.

O fruto não é atrelado às questões comportamentais. Antes, o fruto diz daquilo que o homem professa acerca de Cristo. Se ele professa que Cristo é o verbo de Deus, que veio em carne, e que morreu para dar vida aos homens, tudo conforme as escrituras, este fruto (dos lábios) é bom. se o homem professar qualquer coisa diversa do que a bíblia nos demonstra, este fruto não é bom.

Percebe-se que o fruto dos lábios se faz acompanhar de boas obras e boas ações Hb 13: 15; Mt 7: 16. Aquele que confia em Deus professa a sua fé, as suas obras passam a serem feitas em Deus Jo 3: 21; Ef 2: 10, e procura se cercar de boas ações no seu dia-a-dia.

 

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