O LOUVOR É TRANSCEDENTE

sábado, 9 de fevereiro de 2013

Revisão gramatical ou ressignificação do nosso conceito sobre Educação?

A palavra Educação deveria ser verbo e não substantivo. Devendo estar sempre no gerúndio. Poderia ser acompanhada por artigo indefinido e partitivo (não quantificável), como existente em outras línguas. Se assim fosse, entenderíamos sua presença constante e progressiva em nossa vida. Compreenderíamos que trata-se de algo imensurável em sua quantidade e valor.

O verbo educar ao ser representado na fala ou na escrita deveria tomar sempre o formato plural e, quando no infinitivo, impessoal. Dessa forma, expressaria sua essência coletiva e interacionista. Educar é definitivamente um ato que só ocorre entre “eu” e o “outro”, ou entre os “outros”: nunca comigo mesmo... sempre plural, já apontava Paulo Freire!
            Levando ao extremo, na gramática, “mim” como sujeito deveria ter uso proibido na
mesma frase que contenha a palavra educação. Esse “mim” não funciona como sujeito da ação... e a ação é inerente a educação. Da mesma forma, não poderia ser usada juntamente com conjunção coordenada adversativa “mas”. Deveria ser usada apenas com advérbio de intensidade “mais”. Assim ele nunca nos remeteria a adversidade, mas a seu aspecto intensivo e somatório. Compreenderíamos que a educação apenas acrescenta.
            Sabe-se que a palavra educação é feminino. Talvez para fazer alusão à sua capacidade reprodutora. É a única riqueza que quanto mais usamos, mais adquirimos.
            Educação deveria ser conjunção. Assim, entenderíamos que ela cria vínculos e pro   move união. A educação deveria nos tornar mais iguais: humanos! Não deveria ser entendida como medalha que colocada no peito nos torna melhores do que os outros.
            Educação e suas variantes deveriam permitir apenas contração e não junção com prefixos. Dessa forma denunciaria sua capacidade de troca recíproca. É ensinando que se aprende... A educação é marcada pela interação social, o que vai além do mero contato físico. Trata-se de um processo de troca de significados que inicia quando nascemos e termina apenas com o fim do contato com a sociedade, normalmente quando morremos. Por isso, reitero, educação deveria ser gerúndio...
          Será que precisaremos alterar a gramática para entendermos as virtudes da educação?
                                                                                                                                 Cristiano Bodart

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